Somos seres de linguagem

Mas crescer nos faz esquecer coisas importantes...

8/21/20242 min read

Você se lembra da magia que foi começar a ler e escrever?

As caminhadas pelas ruas, finalmente conseguindo entender o que aquelas placas todas diziam (mesmo que você levasse um minuto pra ler uma frase curta)?

Pois é. Com o tempo, nós deixamos de perceber toda a beleza que é lidar com as palavras. Aliás, crescer tem o péssimo hábito de acabar com a magia de muitas coisas pra nós. Não é à toa que Joseph Campbell, o grande especialista em mitologias e narrativas, afirma que, se queremos saber realmente o que nos move, devemos olhar para nossa infância.

A questão é que a capacidade de linguagem faz parte do pacote que nos torna humanos. E, desde a mais tenra idade, somos seres de palavras.

É por isso, por exemplo, que faz tão bem chegar em casa depois de um dia difícil e escrever sobre o que está na nossa cabeça. Passar tudo aquilo para o papel (ou para a tela) tem um poder gigantesco. Algumas pessoas até gostam de queimar o papel depois (ou enterrar, rasgar, engolir - embora eu não recomende a última opção). Se você faz psicanálise, sabe quão importante é colocar em palavras o que você nem desconfiava que estava dentro de si.

É essencial continuar escrevendo. Não precisa ser um romance ou um conto, claro. Mas manter o contato com a escrita é essencial para que, entre outras coisas, você se conheça melhor, para que saiba trabalhar de maneira mais saudável questões que estão gritando dentro de si. Que tal começar com um diário? De início, algumas poucas palavras escritas no final do dia. Você vai ver como vai fazer diferença. E depois, quem sabe, alguns poemas? Uma breve história? Artigos? Crônicas? Não há limites! Não importam a sua idade, gênero, classe social… Escrever está ao alcance de todo mundo que seja alfabetizado.

Vamos começar esse diário?

Vamos continuar esses poemas guardados naquela pasta esquecida do computador?

Torço pra que você diga “sim”! E não se esqueça de me falar sobre seus avanços. Eu adoraria saber!

Um grande abraço!